O que fazer em La Boca
Seja por ser a sede de um dos maiores clubes de futebol da Argentina, o Boca Juniors, e do seu estádio, La Bombonera, ou por abrigar um dos cartões postais mais famosos de Buenos Aires, o Caminito, é muito provável que você já tenha ouvido falar de La Boca.
O bairro, que por muitos anos foi o porto natural da cidade, deve sua denominação ao fato de estar localizado na foz (boca em espanhol) do Riachuelo, que desemboca do Rio da Prata.
Já sua personalidade é resultado da instalação de residências de imigrantes, principalmente italianos, mas também espanhóis, gregos, alemães e dispersos grupos de franceses e saxões. Em 1882, inclusive, genoveses enviaram um comunicado ao rei da Itália para informar que haviam constituído a República de La Boca. Julio Roca, presidente argentino da época, no entanto, ao saber da notícia fez com que a bandeira genovesa hasteada fosse retirada.
La Boca infelizmente não é das áreas mais seguras, mas por sua cena artística e cultural efervescente, não pode ficar de fora do roteiro e merece uma visita, preferencialmente durante o dia e aos fins de semana, quando o bairro ganha mais vida com artesanato e tango ao ar livre.
Confira os principais pontos turísticos de La Boca:
La Bombonera
Apelidado de La Bombonera devido a seu aspecto retangular que se assemelha a uma caixa de bombons, o Estádio Alberto J. Armando é a sede de um dos times de futebol mais tradicionais da Argentina, o Boca Juniors.
No espaço, também funciona o Museo de la Pasión Boquense (Museu da Paixão Boquense), que apresenta a história do clube fundado em 03 de abril de 1905.
Oferecemos um tour futebolístico com visita aos estádios La Bombonera, do Boca Juniors, e El Monumental, do River Plate. Para saber mais, clique aqui.
Caminito
O Caminito é uma das ruas mais emblemáticas de Buenos Aires. Com 150 metros de extensão, atrai pela oferta gastronômica e cultural em meio a uma zona muito pobre, mas principalmente por suas cores.
Em 1950, um grupo de vizinhos, incluindo o famoso pintor Benito Quinquela Martín, resolveu recuperar a rua em que moravam pintando as fachadas das casas. Foram utilizadas sobras de tinta das oficinas do porto e não havia quantidade suficiente de uma mesma cor para pintar uma casa inteira, por isso o colorido.
Temos um city tour que percorre as principais atrações da capital portenha e realiza uma parada no Caminito. Para mais informações, clique aqui.
El Obrero
El Obrero é um bodegón – restaurante de bairro com porções fartas, cardápio variado, decoração rústica e preços atraentes. Fundado em 1954, a princípio alimentava os trabalhadores das oficinas mecânicas e navais dos arredores, por isso o nome “obrero”, que significa operário.
Atualmente, o espaço é muito frequentado por turistas e famílias portenhas, mas já recebeu grandes personalidades, como o vocalista Mick Jagger da banda The Rolling Stones e até o Rei da Espanha, Ruan Carlos.
Para ler um post especial sobre os “bodegones” de Buenos Aires, clique aqui.
Em La Boca, também vale a pena conhecer: El Gran Paraiso (tem a carne como principal atrativo do cardápio), II Matterello (restaurante italiano), Banchero (pizzaria) e Don Carlos (culinária italiana e portenha).
Museu Benito Quinquela Martín
Benito Quinquela Martín é a maior referência artística de La Boca. Em suas obras, o pintor retratava a realidade do bairro em que vivia: a atividade portuária, a vida agitada, os barcos, os operários, as casas coloridas, as cantinas e os bares.
Em 1933, Benito doou um terreno de sua propriedade ao Estado para que fosse construída uma escola primária, um museu de artistas argentinos e um espaço para oficinas. Em 19 de julho de 1936, foi inaugurada a Escola Pedro de Mendoza, unindo arte e pedagogia. Dois anos depois, passou a funcionar no mesmo espaço o Museu de Artistas Argentinos. Atualmente, o terceiro andar do prédio é dedicado aos principais trabalhos de Quinquela.
Para ler sobre outros museus de Buenos Aires, clique aqui.
Fundação Proa
A Fundação Proa é um centro de arte contemporânea instalado em um casarão italiano revitalizado do final do século XIX. Sua programação se concentra na difusão dos grandes movimentos artísticos dos séculos XX e XXI, incluindo fotografias, vídeos, música eletrônica e desenho.
O espaço apresenta exposições temporárias e organiza seminários, cursos, conferências, concertos e programas educacionais e de intercâmbio.
Usina da Arte
A Usina da Arte é um espaço cultural dedicado principalmente à música e às artes visuais. Instalada em um prédio de arquitetura renascentista e florentina declarado Patrimônio Histórico da Cidade, possui duas salas de excelente acústica para apresentações de concertos, uma destinada a orquestras sinfônicas com capacidade para 1.200 espectadores e outra para orquestras de câmara com plateia de 280 lugares.